isso não é um documento de puxa-saquice, mas eu sei, vai parecer.
é só algo que eu queria deixar registrado sobre o melhor momento da minha vida até agora. O momento não muito longo em que eu fiquei frente à frente com a mulher que salvou a minha vida.
"é só um showzinho do yeah yeah yeahs" - não é não. é uma das suas bandas preferidas, a que mais te dá vontade de pular, se arrebentar na parede, gritar até doer a gargante e sair quebrando coisas. - isso quando você estava bem.
quando estava mal, era essa selvageria toda que te levantava. as letrinhas sempre fofamente verdadeiras te puxavam de volta pra realidade.
e a mulher - a gasolina pra isso tudo- tá lá, na sua frente, há menos de 1 metro de distância.
pronto, não há o que esconder. você sabe tudo sobre ela e ela, nada sobre você. é a sua chance de dizer tudo.
conte sobre tudo o que deu errado, chore, fale sobre seus objetivos de vida, sobre como você encara as coisas de modo diferente por causa dela, porque sim, ela salvou sua vida, não uma, mas várias vezes. todos os dias.
a cada música, uma conversa diferente. um assunto novo. a cada acorde que começa é uma pergunta "e aí? como você tá?" a resposta é sempre a mesma: bem
é um diálogo cauteloso e íntimo.
fala nos olhos e responde com a voz
ás vezes ela ri, se espanta, pula e dança pra você. existe aí uma tímida felicidade por saber que é importante.
e na explosão da última música, todos os gritos já roucos e os pulos apertados te dão a certeza de que ela te ouviu e agora sim, ela já sabe de tudo.
antes de deixar o palco, ela passa os olhos por você mais uma vez e te diz : "espera! mais tarde eu volto, nós ainda temos muito o que conversar."
they don't love you like i love you
mánudagur, október 30
you own me, you own me, you own me
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