miðvikudagur, apríl 1

respiro, inspira

ok que faz quase um ano que eu não escrevo naaaaaaaaada nessa pocilga, mas sempre há tempos.
aos poucos, devagar.
por exemplo:


o que eu mais gosto do suburban kids with biblical names é a capacidade totalmente inocente que eles têm de aplicar em todas as musicas, de todos os eps, um background idêntico às trilhas do super mario kart.
e olha que já estão no 4#

fimmtudagur, apríl 17

minha tarde de tiramissu

ah, eu nunca falo sobre filmes. uma parte é preguilsson e a outra é provavelmente achar que eu não tenho cacife (adoro essa palavra) pra falar sobre filmes, oi sou burrona, mas é uma puta de uma bobagem porque eu acho que já vi filme suficiente pra poder falar alguma coisa. pelo menos na prática de cinema espanhol eu passei.
logo, é preguilsson.
c.q.d.
mas, vamulá, rumaoéquissa.

piripiripiri


depois de alguns meses de procura desesperada, baixando na maladragem e assistindo na raça sem legendas e com qualidade duvidosa, assisti finalmente no conforto da poltrona e da legenda, o novo filme daquele chinês gentefinapracaramba que gosta de cenas em câmera lenta e consegue deixar todas as mulher bonitas ainda mais bonitas nos filmes, my blueberry nights. nem comento a tradução desgraçada que fizeram pros cinemas brasileiros, é quase tão memorável quando mrs. doubtfire = uma babá quase perfeita, mas é a vida.

sobre o filme: é hiperglicose pra tudo quanto é lado. tiop, coom fas pra me conseguir uma torta com sorvete daquela? faz dois dias que eu só como doce and diabetes kills me to death. a história em si é um docinho amargo atrás do outro e norah jones como atriz vale pelo menos uma rodada de leite com groselha e torta de limão pra galere. contém cenas de cachaceiros dando piti e reflexões metafóricas sobre essa coisa estranha e babaca chamada amor. dá-lhe the greatest tocando incansávelmente e a gente siacaba. pra ajudar na hiperventilação, botam chan marshall fazendo a piriguete skafuska from siberia destruindo geral o que resta do coração dono-de-bar do jude law. dó. mintchira, eu acho é pouco. sou possessiva meeeerrrmo.
pelo menos sete pandas felizes com algodão-doce na mão e satisfeitos.



mánudagur, apríl 14

po, me dá uma chance

é a coisa mailegal do planeta quando as pessoas te surpreendem. melhor ainda quando é você que se surpreende você mesmo à sua própria pessoa. tipos, arrumar o quarto.
tá, tá, tudo mundo consegue arrumar o quanto, mas sem noção universal da dificuldade que era pra mim (insira seu grito de superação aqui). era um sonho da minha mãe que se tornou realidade e um respiro fora de alergias a mais pra mim. demorei três horas mas o saldo foi positivo: achei vários cds que eu achava que tinham se exilado durante a ditadura ou sumido no bug do milênio e outros que eu nem lembrava que tinha.

lá pelos meio, achei um cd-r de gravação duvidosa das primeiras coisinhas que o arctic monkeys botou (/galinha) na net. eram umas cinco ou quatro musiquinhas que eu, na preguilsson, preferi gravar de uma vez (oi, cd sobrando?) a ouvir calmamente no pc. lembro que nem gostei. fiz cara de nojinho e nem quando o primeiro álbum saiu com aquele
furdunço todo eu mudei de idéia. o mesmo aconteceu com o favourite worst nightmare. ai cara, não dá. não vem me falar que eu tenho síndrome do underground e tralala porque eu já passei dessa fase e vampire weekend tá lá vivão no meu last.fm pra provar o contrário.
mas, todo mundo merece uma segunda chance, não é mesmo minha gente?

the last shadow puppets tem tudo pra eu odiar até a morte. é projeto paralelo caucado no oportunismo, tem o alex turner, tem o miles kane (do rascals e eu micago pro rascals), tem só um single lançado e tem data numerológicamente calculada pro lançamento do debut.
mesmo com tudo isso, o duo parece bem mais maduro que as duas bandas originais juntas considerando tanto letras como a sonoridade. além disso, eles tem uma orquestra tocando com eles, o que dá à música principal do single,
the age of the understatement uma coisa meio...sei lá, noir e otimista.
é meidifíci julgar a banda por um single só. dia 21 sai o álbum todo.

alex, merrrmão. é tua segunda chance, não me decepciona. ficadica

the age of the understatement.mp3

mánudagur, apríl 7

enquanto você me irrita

charlyn, eu te amo. e você super sabe disso, mas não precisa falar pela bilhonézima vez que me ama também porque eu já to meio que ficando de saco cheio.
acho que fui cruel agora. é que de vez em quando, você acaba massageando meu ego demais.
eu te amo, mas você às vezes me irrita. não to dizendo que você me cansa, é só que você me irrita. a minha mania de concordar com você em tudo às vezes me deixa cansada ao mesmo tempo que a mania de achar defeito no jeito que você fala, no jeito de mexer as mãos ou o jeito que você inconscientemente forja a voz pra falar algo importante me anima de novo. e isso me irrita.
portanto, enquanto você me irrita, eu tenho que escutar outra pessoa. mesmo que eu saiba que as chances dela também me irritar são grandes.
mas é lógico que nunca alguém vai me irritar do mesmo jeito que você. há algum tempo fui escutar a leslie, mas, incrivelmente, ela consegue me irritar mais fácil ainda,
doizpalito. ela fala com razão, gosta do simples e transforma no bonito (já você, sempre fez questão de deixar o bonito um tanto quanto nebuloso), mas algo aconteceu e ela começou a me irritar simplesmente porque era tudo bonito e fofo demais. mesmo quando ela era cruel e triste, era uma doçura. charlyn, acho que me acostumei com a sua rispidez elegante.
na verdade, eu escuto muitas pessoas quando você me irrita e parece que em cada uma eu procuro um buraco que você deixa, não acho que é saudade, é só que eu acostumei em te ter por perto sempre. sei lá, freud explica, fase de latência, fase oral, fase fálica, etc.
mas ultimamte eu tenho procurado a sua doçura (aquela que a leslie tem demais e eu só quero o suficiente). aliás, tenho procurado sua doçura que anda preguiçosa, porque eu sei que você tem um grande potencial hiperglicêmico nesse coraçãozinho de metal.
desculpa a sinceridade, mas fui achar o potinho de açúcar, entre outras, em uma franco-israelita. sei que você pode pensar que sempre que eu me irrito com você, vou procurar algo na frança ou nas fazendinhas da sua querida georgia, mas dessa vez acho que vai durar, bem mais que um comercial de laptop. ela fala como as irmãs casady passeando por jerusalém com uma grande bandinha de metais tocando suavemente enquanto as acompanha. é bonita e simples na medida certa. não é tão bonita quanto você, mas pelo menos o cabelo dela não me irrita como o seu quando você acorda cansada, com olheiras e ele, perfeito.
não é típico seu dar chilique quando eu me irrito com você, afinal, você super sabe que me irrita e quando, mas mesmo assim quero que saiba que não to te ignorando, que ainda te amo, me preocupo com você e gosto de quando você dá risada.
mas isso não te dá o direito de ter ciuminho e principalmente ser cuzona com as outras pessoas que escuto. ou zoar o nome da
yaël naïm, só porque é diferente e mais bonito que o seu. e nem pode, afinal, charlyn me lembra a charlene, da familia dinossauro.

mánudagur, mars 24

cat-a-cumba

já devo ter dito em algum lugar que o mal de tirar férias é tirar férias da vida.
pois é. eu fiz isso de novo, mas não foi por mal, juro.

durante esse hiatus hibernado, várias coisas legais aconteceram. não, mentira. não foram muitas, mas foram legais.
depois de algumas décadas sonhando, chorando, esperneando, estudando cna, book 1. chapter 2, exercise b: listening - listen to the conversation and fill the blanks with the missing words, juntando dinheiro e aproveitando convites alheios, fui passar quinze dias naquele paísinho frio, nebuloso, fedido e adorável chamado inglaterra. londres é mesmo aquela gracinha, tudo que não é ao ar livre é quentinho, as árvores são bonitas e as festas são de graça.
foi lá também que eu ganhei o tricampeonato de shows da cat power. chan marshall gostou da minha rosinha, lembrou de mim, me deu o setlist, ficou de mimimi comigo e, lógico, uzmuleque quase me quebraram de porrada na saída. mas normal, se breguice congênita coragem eu tivesse, pros inglezinhos chatos dos dentes tortos (porque, já reparou que eles devem ter matado todos os dentistas no moedor de carne durante a revolução industrial?) eu diria: "camarão que dorme a onda leva".
é, mas nem falei.

então, mas além de uma quase anorexia, três toneladas de fotos, dois agasalhos, lembrancinhas pra galerë, uma camiseta legal e um lp duplo galante do jukebox, eu trouxe também uns 20 cdzinhos e algumas revoltas.
o hype na inglaterra é algo estranho. as pessoas são tomadas por uma névoa de novidades semi-aparecidas antes mesmo delas acontecerem. em todos os lugares pisca 'radiohead' e os caixas da hmv bombardeiam o povo com milhares de "pre-order!" wtf pre-order? geralmente você compra um cd só depois dele ter saído, e não antes. o brit awards foi o grande responsável pelos forfés musicais quando eu tava lá. qualquer mísero indicadinho em alguma categoria era motivo pra um poster gigantesco, seguido, lógico, de um "pre-order" ou "buy!" mika, kate nash, arctic monkeys, jamie t...fora o hype pop de gente como los campesinos! amy mcdonald, vampire weekend e sia.
é legal também que existe um incentivo pros jovenzinhos conhecerem as gerações anteriores. cd dos beatles, rolling stones, the who, kinks e bob dylan, por exemplo, são vendidos por £10 a duplinha.
em compensação eles esquecem de muita gente...

não achei um monte de eps que eu queria.
):

sunnudagur, desember 30

top top, uh!

antes de qualquer coisa: isso não é uma lista. listas são injustas, bobas, chatas, feias e caras-de-limão. qualquer lista é assim, veja só a lista dos vestibulares! injustiça total...

portanto, o que segue aqui é uma relação simples do que fez meu ano em termos de música. se esses discos são os melhores do ano, não sei, já achei alguns em comum nas listas alheias, mas a questão aqui é simplesmente pessoal e sem comentários, porque acho que deixa ainda mais injusto. quinze só. meu coração não aguenta podar tanta coisa legal.

fiery furnaces; widow city
battles; mirrored
of montreal; hissing fauna, are you the destroyer?
panda bear; person pitch
caribou; andorra
beirut; the flying club cup
bodies of water; ears will pop & eyes will blink
dr. dog; we all belong
lacrosse; this new year will be for you and for me
modest mouse; we were dead before the ship even sank
ola podrida; ola podrida
boat; let's drag our feet
seabear; the ghost that carried us away
the octopus project; hello, avalanche
white rabbits; fort nightly
shugo tokumaru; exit

dezesseis! aaaaaaaight! não dá.
eu esqueci muita coisa. fora que a lista de músicas separadas dos álbuns também daria uma bela lista grande...



obrigada, lacrosse.
"this new year will be for you and for me"

föstudagur, desember 7

bring on the pixels!

dezembro já está aí. além de época de natal e de ficar dando cabeçadas na parede à beira de um ataque de nervos com final de semestre, é tempo de fazer listinhas das melhores coisas do ano.

a mania milenar (pelo menos a minha é) costuma a exigir hoooras e horas de reflexão. afinal, resumir o bom do ano em, no máximo, dez coisinhas é difícil. ainda mais porque 2007 foi lotado de barulhinhos bem aceitos pelos meus ouvidos. ah, mas tem muito pela frente ainda...

começando com essa de listinhas, o
pitchfork resolveu dar o primeiro pontapé diferente. a partir de fotos tiradas pelo amiguinhos fotógrafos, resumiram o ano com três páginas de fotos dos melhores shows. é de apertar o coração. todas as fotos são fudidas e, como eles descrevem na introdução, são o bastante pra querer morrer de vontade de ter visto tudo aquilo.

a maioria mostra a banda ou alguém da banda na melhor das expressões e com luz favorável, lógico, de modo que
morrissey fica omaisgatão-de-meia-idade da terra, kevin drew fica uma gracinha no meio da galera, até dan deacon fica simpátiquinho e a gente acaba tendo cada vez mais certeza que jenny lewis do rilo kiley e cat power sofrem de um problema genético que impede que suas faces evoluam para a fase 'oi, passei dos trinta logo tô nos enta'.

say no more. vê
aqui a galeria inteira e se morda de raiva por ter visto, com muita sorte, só dois desses shows nesse brasilzão. é...'té que tá de bom tamanho, vai?

mánudagur, nóvember 19

tristeza nunca mais

subtítulo:

the greatest



cat power/ 25 e 27 de outubro de 2007/auditório do ibirapuera

cat power

viva, feliz, de alma estrondosa e radiante.
muito já se falou de horrores do primeiro show de chan marshall aqui, em 2001. disseram que a microfonia era insuportável, ela reclamava que o palco era emborrachado e não dava pra marcar o tempo batendo o pé, quase não falava e parecia claramente triste e desconfortável.
o ditado diz que a primeira impressão é a que fica, e a aparente parede de pedra que prendia a moça no passado acabou rendendo comentários que ecoavam do lado de fora do auditório do ibirapuera.
"ah, eu não vou ficar ouvindo essa menina chorando aí" - era o que eu ouvia enquanto alguns vendiam o ingresso do lado de fora. lá dentro, as expectativas eram basicamente as mesmas, só que mais conformistas.
quase não deu saudade da feist.
os dois show foram um tapa na cara de todos aqueles que reclamaram da choradeira. lá dentro, enquanto ela cantava e dizia pra gente chegar mais perto, gritavam "he war", mas a resposta foi metal heart, revitalizada e sincera. chan marshall deixou a melancolia sem deixar de lado o profundo. com um setlist baseado no último album, the greatest, pontezinha entre soul/country dos souths americanos e aquele indie rock mato no dente, acompanhada pelos sensacionais do dirty delta blues ela mostrou o que sempre quis fazer, apresentando também músicas que vão estar no novo álbum de covers, jukebox que sai dia 22 de janeiro - esperta. aliás, um dos principais motivos de reclamações do show, foi a escolha de vários covers, que deixou grande parte da platéia um bocado perdida - azar, preiboi. ninguém mandou não conhecer patsy cline.
distribuindo sorrisinhos e beijinhos rigorosamente selecionados :B, derrubou a velha história e os fantasmas da falta de presença de palco. amigona, dançarina e intérprete de mão cheia, parava pra bater papo com a galera, ensinou japonês e disse que ia voltar.
lógico, ficou claro no ar a falta de músicas do moonpix e you are free, mas junto com eles, uma pequena névoa negra do que já passou. o brilhantismo continua, só que de cara -risinho sem olheiras - nova.




ah, falei que ia parar com o blog né?
mintchira.
mas as culturas e agriculturas a mais dessa vida foram parar aqui também: short xadrez







þriðjudagur, nóvember 6

ok ok ok

confesso que escrevi algumas besteiras no post anterior.
não trocaria killers pelo pessoalzin todo amigo da feist lá do video.

não é tanto porque o show deles foi interessante apesar das galinhas terem acordar junto, não não.
mas é porque labiritinte é coisa de gente frôxa. e consideração coisa de gente legal.

1234,
ficadica.


tá.
OH, quase total certeza absoluta que vou sair daqui. tem outro blog chegando e esse nome maldito masqueaudacia virou hype e agora é a festinha mais sem-vergonham e boca sujam de campinas village. todo mês no indiestock music bar, 7 krónars pra entrar e saidebaixo.
antes vou fazer um backup brakeitdown em tudo de quase importante que eu escrevi aqui e depois apago tudo grosseiramente.

þriðjudagur, ágúst 28

o mal de tirar férias...

é tirar férias da vida.



ah, trocaria arctic monkeys e killers no tim por todo esse coralzinho. seria tudo mais legal e barato.

1,2,3,4...
chega de preguiça!