fimmtudagur, ágúst 17

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Muito bem. Aproveitando a fase de loucura produtiva, resolvi registrar em algum lugar as doideras que ando fazendo (não, corro fazendo. RÁA!- sem graça). Ano que vem, faculdade, jornalismo, blá blá bla e, espero, jornalismo cultural.
E antes que alguém diga:
-"Profissão de vagabundo!"

Eu respondo: É mesmo! É liiindo, mágico, espetacular e tem que ser muito macho pra fazer, se virar e conseguir pelo menos algumas míseras 7 linhas num canto de jornal. yeah!

É, então. Daí eu resolvi que cada mês eu vou escrever uma resenhinha legal de um disquinho legal, tá? Depois quando eu tiver mais tempo, essa parte vai ser atualizada a cada semana. Tá? Tá.

mostre seus ossinhos - mas esconda a escoliose
Yeah Yeah Yeahs - Show Your Bones (2006)

"Oba! O novo do YYYs chegou!" É esse o pensamento comum da geração que o viu o mundo ser destruído pela banda NY e seus primeiros acordes sujos de estréia. Mas, não se engane, meu amigo! Aquele disco maravilhoso lá de 2003, Fever To Tell, que funcionava lindamente rápido, prático e (super) eficiente como uma foda sem compromisso, parece ter caído na rotina do casamento. Os riffs garageiros, as batidas quebradas e os gritos doidos parecem agora até...fora de moda!
Show Your Bones vem pra mostrar o que muitos acreditam que seja o outro lado da banda, mostra Karen O, Nick Zinner e Brian Chase preocupados em fazer um disco bom levando em conta mais a produção excelente e lindeza do coração e menos a festa enérgica dos porões da Big Apple. Ok, né? Não se pode dizer que é um desastre gigantesco.As músicas oscilam entre o monótono e o brilhante. Faixas como a própria Gold Lion que abre disco (e também primeiro single), The Sweets e Warrior soam estranho e inacreditáveis para aqueles que ainda se lembram com carinho de Black Tongue. No entanto, Mysteries parece ganhar o disco todo ao lembrar que a contida Karen O não esqueceu a loucura e as meias coloridas em um baú velho em casa. Sem mencionar outros momentos que valem por aquela beleza escondida nos acordes arranhados e o clima bonitinho. Dudley e Cheated Hearts valem pelo coração(e isso não é um trocadilho!). De resto, achar outros momentos louváveis é como garimpo no mar, mesmo assim, Phenomena e Honeybear têm partes capazes de fazer até o mais céticos dos indies acreditar que nem tudo está perdido.
E no geral, não está perdido mesmo. Só um pouco preguiçoso e desanimado.
(Alguém tem o endereço ou telefone da Karen O? Queria mandar um "oi" pra ela, perguntar se ela tá bem, se ela precisa de alguma coisa, o que será que tá acontecendo...)

Aqui sai pela: Universal
Preço: 35 mamões maduros aprox.
Vale o quanto pesa?:Olha, pra você que gosta desse três vagabundos demais da conta, vale como registro histórico e pelos bons momentos. Agora, se você conhece só maomeno, só gosta de Maps e só tá interessado no que aparece na Folha de S.Paulo sobre o que o Lúcio Ribeiro escreve, eu te dou um conselho: Com um pouquinho mais que esses 35, você consegue a edição argentina do novo do Cat Power. É lindo de morrer e dá quase na mesma.
Ultimamente Yeah Yeah Yeahs tem usado tanto violão...

Nota final obtida com precisão matemática!: 5,9
"/ oh-oh!

Gee
(Editando na cara dura: 1- Essa foto da capa é da edição americana, perdão. A nacional não tem o escrito em branco.
2- Reparou na mensagem subliminar do post anterior? hein? hein?)

Engin ummæli: