föstudagur, mars 9

a la carte

é realmente ótimo quando tudo parece dar errado num dia só. tentei não dormir de tarde pra ver se é esse hábito horrível que me deixa com insônia todas as noites, mas, mas deu, capotei. depois fui dirigir, meu braço começou a doer loucamente e quase matei minha família, ao voltar pra casa, constatei que meu celular mais uma vez entrou em coma. além disso, poderia ter ido ver umas bandas zuper massa daqui de campinas village, mas, perdi minha carona. enfim, comecei a ser tomada por um sentimento caseiro de solidão nesta noite.

até que depois de zapear semi-dormindo várias gravadoras, tropecei em dois disquinhos bem diferentes e, ao mesmo tempo, igualmente libertadores.

battles; mirrored

rá tá tá tá!


esse é um eterno pedido de desculpas. um arrependimento amargo no coração e um amor que começa a crescer assim, tímido. nunca gostei de matemática, nunca. desde aquela primeira nota baixa na 1ª série, nunca mais encarei números da mesma maneira, comecei a tentar aprender de outras formas (até hoje faço contas de subtração de um jeito alternativo) e desejei e batalhei até agora, na faculdade para me livrar deles. ora, que grande bobagem! depois de um tempo aprendi pra que tudo aquilo seria útil. math rock, sim. esse gênero esquizofrênico que engloba bandas totalmente lógicas e caóticas, e battles é uma delas. depois de dois eps geniais, finalmente o primeiro disco desses nova iorquinos (viva NY!) saindo em abril. um barulho bem pensado, músicas destruidoras e explosões na cabeça.

dntel; dumb luck

sweet sweet dream


é bom que se diga uma coisa: os relatos que se seguem a partir de agora são totalmente imparciais (exatamente como minha profissão manda), já que esse disquinhos é todo recheados dos meus doces preferidos; eletronices suaves, efeitos "disco travado/problema no player/caixa de som quebrada", melodias bonitas e letras sobre o seu dia. dntel é mais um projeto de jimmy tamborello, que assina junto com ben gibbard (death cab for cutie) a responsabilidade pelo postal service, soma-se aí mais um fator favorável à minha imparcialidade. além disso, para tornar dumb luck mais que uma festa de batidinhas eletronicas, tamborello convidou vários bons artistas que enchem cada faixa do disco emprestando suas vozes, entre eles, conor oberst, lali puna, grizzly bear e, minha queridinha eterna, jenny lewis. pronto, potato. um ótimo disco, garantia de hiperglicemia no coração.


e agora, quase sábado, percebo que meu dia foi como quase tudo na vida: salvo pelos discos certos.

Engin ummæli: